Reunião do Fórum Inter-religioso do G20 em Belém

Povos Indígenas, Comunidades de Matriz Africana e Direitos Coletivos: Perspectivas sobre Liberdade Religiosa e as Prioridades da Presidência Brasileira do G20

13 de Junho de 2024

Radisson Hotel Maiorana

Belém, Pará

ORGANIZAÇÃO:

G20 Interfaith Forum (IF20), Centro Brasileiro de Estudos em Direito e Religião (CEDIRE), Universidade Federal de Uberlândia (UFU), International Religious Liberty Institute

APOIO INSTITUCIONAL:

G20 Social, Universidade Federal do Pará, Universidade Estadual do Pará

INSCRIÇÕES (até o dia 11 de junho):

Para maiores informações e inscrição, preencha o formulário disponível em:

https://forms.gle/VpxrJ12iVHFUHBoN6 

Vagas limitadas!

PROGRAMAÇÃO

Programação sujeita a modificações.

13 de Junho de 2024, Quinta-Feira

Horário: 09h00-09h45

Mesa de Abertura: Introdução e Orientação Geral

Horário: 09h45-11h00

SESSÃO 1: Mapeando a situação da liberdade religiosa no Brasil e sua relevância para outros direitos humanos: questões locais, lições globais

Esta sessão preparará o cenário para o restante da conferência, traçando os principais contornos da situação brasileira, conforme vista por especialistas do país. Pessoas estrangeiras serão capazes de identificar pontos fortes e sucessos que podem ser compartilhados, bem como experiências práticas que podem ajudar a resolver problemas globais.

MODERAÇÃO:

PAINELISTAS:

Horário: 11h00-11h30

INTERVALO

Horário: 11h30-13h00

SESSÃO 2: Proteger locais religiosos e patrimônio de povos e comunidades tradicionais

Esta sessão abordará a proteção da cultura e da tradição refletida em locais religiosos, terras sagradas, lugares, ecossistemas e patrimônio. Embora essas proteções possam dar origem a tensões, também oferecem oportunidades significativas para identificar formas pelas quais o patrimônio diversificado pode ser uma fonte importante de construção da paz.

MODERAÇÃO:

PAINELISTAS:

Horário: 13h00-14h00

INTERVALO

Horário: 14h00-15h30

SESSÃO 3: Educação, desenvolvimento e compreensão intercultural

Esta sessão irá explorar algumas das tensões que surgem quando as tradições confrontam a modernização numa variedade de formas, particularmente em contextos educacionais. As comunidades indígenas e outras comunidades religiosas podem enfrentar desafios únicos nestes contextos. As técnicas associadas ao desenvolvimento da alfabetização intercultural podem facilitar uma compreensão e um respeito mais profundos que podem ajudar a resolver alguns dos problemas resultantes. A concentração no desenvolvimento sustentável pode ajudar a realçar formas como os estilos de vida tradicionais podem contribuir e ser sustentados por compreensões mais diversas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

MODERAÇÃO:

PAINELISTAS:

Horário: 15h30-16h00

INTERVALO

Horário: 16h00-17h30

SESSÃO 4: O papel de lideranças e comunidades religiosas na promoção da paz, da justiça e do desenvolvimento sustentável

Este painel tem como objetivo explorar o papel de lideres religiosos(as) e das comunidades religiosas na promoção da paz, da justiça e do desenvolvimento sustentável.

MODERAÇÃO:

PAINELISTAS:

Reunião Privada no dia 14 de junho de 2024.

PÚBLICO-ALVO:

Lideranças do campo religioso e inter-religioso, representantes da sociedade civil e de órgãos governamentais, servidores(as) públicos(as), professores(as), pesquisadores(as) e outros(as) interessados.

MAIORES INFORMAÇÕES:

Contato: eventos@direitoereligiao.org


Sobre os organizadores:


Sobre o G20 no Brasil:

NOTA CONCEITUAL DO EVENTO

Embora as culturas ancestrais das comunidades indígenas e de ascendência africana tenham realizado valiosas contribuições para a sociedade em geral, os direitos essenciais destas comunidades têm sido violados há muito tempo. A era pós-colonial não conseguiu pôr fim à discriminação e à exploração que têm sofrido.

As questões do equilíbrio entre os direitos coletivos dos povos indígenas e das religiões de matriz africana e a liberdade religiosa dos seus membros, bem como de outros membros da comunidade, são importantes no nosso mundo de hoje. As reuniões do G20 no Brasil em 2024 oferecem uma oportunidade significativa para abordar essas questões. O processo do G20 abre oportunidades para contribuições do Sul Global, incluindo conhecimentos recolhidos a partir da experiência de comunidades distintas. A Presidência brasileira, por exemplo, publicou recentemente um livreto sobre o G20 na língua indígena Guarani, abrindo possibilidades para ampliar a participação dos povos indígenas no processo do G20.

As três prioridades globais do governo brasileiro para a sua Presidência do G20 são: a luta contra a fome, a pobreza e a desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e reforma da governança global. Estes objetivos são claramente relevantes para todas as pessoas, mas têm um significado especial para determinados grupos.

O Brasil tem fortes compromissos e um histórico positivo de proteção dos direitos das comunidades religiosas e das minorias, e novos avanços no que diz respeito aos desafios que envolvem os povos indígenas e grupos religiosos vulneráveis ​​ajudarão a promover as prioridades do país. Esses avanços beneficiarão claramente as duas primeiras prioridades do Brasil, e de algum modo contribuirão para o progresso de todas as três prioridades.

Questões práticas importantes devem ser abordadas. Por exemplo, o esforço para explorar recursos naturais pode violar a integridade de locais ou ecossistemas inteiros considerados sagrados pelos povos indígenas. As tradições e os valores das comunidades indígenas e de ascendência africana podem entrar em conflito com os direitos de liberdade religiosa dos membros dessas comunidades e dos grupos religiosos que com elas entram em contato. Questões significativas giram em torno das formas como a educação pública oferecida aos jovens indígenas deve ser estruturada de modo a minimizar o conflito com os valores e ensinamentos tradicionais e religiosos. Os impactos relacionados podem agravar os problemas de fome, pobreza e desigualdade, e prejudicar a realização dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Sinalizam a necessidade de reformar a governança global para ter melhor em conta as tradições, os valores espirituais e a autonomia coletiva dos povos indígenas.

A conferência pretende lançar luz sobre estas questões importantes e sugerir soluções no que diz respeito à proteção dos direitos e valores tradicionais e espirituais dos grupos indígenas, comunidades de ascendência africana e outros indivíduos afetados. O objetivo é identificar formas concretas de envolvimento com os povos indígenas, comunidades afrodescendentes e outros grupos religiosos de uma forma que proteja tanto os direitos coletivos como o direito à liberdade religiosa para todas as pessoas individualmente consideradas. Feito corretamente, isso também deverá promover as principais prioridades do Brasil no processo do G20.

A conferência inclui uma série de discussões por especialistas que abordam questões-chave enfrentadas por grupos indígenas, comunidades de ascendência africana e minorias religiosas. Centra-se na promoção de direitos, e não nas tensões e no discurso combativo. O Brasil tem algumas tensões e problemas, mas essa não é a principal característica da diversidade brasileira. O objetivo é desenvolver análises profundamente fundamentadas de problemas recorrentes que possam levar a uma melhor compreensão das questões subjacentes e contribuir para soluções. Embora o foco esteja nas questões que surgem no Brasil, a discussão pode ajudar a apontar soluções em outros países. O sucesso do Brasil em lidar com muitas dessas questões na superação de problemas e no cultivo do respeito à diversidade pode ser exemplar para muitos outros países.

Fórum Inter-Religioso do G20 (IF20)

O Fórum Inter-religioso do G20 (IF20) tem reunido diversos atores inspirados pelas agendas do G20 desde 2014. Por meio da organização de reuniões em diferentes regiões do mundo, do diálogo e de estudos e análises, o Fórum busca contribuir para o processo do G20, trazendo a sabedoria, a experiência e a voz profética de diversas comunidades religiosas ao lado de outros grupos com presença global.

O foco central do Fórum, especialmente durante a Presidência do Brasil no G20, é o apelo urgente à ação para socorrer as comunidades mais vulneráveis do mundo, que enfrentam desafios como pobreza, desigualdade, discriminação, conflitos armados, migração e deslocamento forçados, os efeitos duradouros das emergências globais de COVID-19 e os problemas ligados à mudança climática. O objetivo é promover caminhos de ação efetiva rumo à esperança e à prática justas e realistas, para um futuro melhor no enfrentamento dos desafios urgentes dos tempos atuais.

Os eventos do Fórum Inter-religioso do G20 (IF20) em 2023 e 2024 reunirão líderes profundamente engajados e se concentrará nas dimensões religiosas dos debates globais e na agenda do G20, especialmente conforme proposto pelo governo brasileiro. As reuniões abordarão questões abrangentes, desde as atuais crises socioeconômicas até os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), destacando possíveis ações colaborativas no contexto do G20.

Maiores informações: https://www.g20interfaith.org